A Plataforma Brasileira sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos – BPBES – está enquadrada como um Grupo de Trabalho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC – e conta com o apoio do MCTI/CNPq, do Programa Biota/Fapesp e da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS.
Sob a coordenação de seis pesquisadores brasileiros, a BPBES reúne atualmente 28 pesquisadores, entre seniores e juniores, de todas as regiões do Brasil e de diferentes áreas do conhecimento (como economia ecológica, ecologia de paisagens, desenvolvimento sustentável e conhecimentos tradicionais e indígenas) que já integram os grupos de trabalho ou as forças-tarefa da IPBES. O primeiro produto deste grupo será o informe técnico (ou White Paper), cujo conteúdo é um resumo do que será abordado no Diagnóstico Brasileiro sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, que o grupo produzirá até 2018. Além de subsidiar o diagnóstico regional da IPBES, o diagnóstico brasileiro será o primeiro do gênero no país e terá como principal objetivo subsidiar o processo de tomada de decisão ambiental nacional no que diz respeito à temática socioambiental.
Mantendo as taxas atuais de emissões de gases estufa, os efeitos projetados de mudanças climáticas para a biodiversidade e serviços ecossistêmicos no Brasil até 2100 incluem perda de espécies na ordem de 25%, savanização da Amazônia, expansão de florestas sobre os Pampas, e o empobrecimento da Caatinga, Cerrado e Pantanal. Além disso, a acidificação oceânica, o embranquecimento de corais e a elevação do nível do mar expõem a riscos os ambientes costeiros e marinhos. Contudo, o Brasil tem a oportunidade de se consolidar como o principal modelo de desenvolvimento sustentável por intermédio da visão integrada da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos com o desenvolvimento socioeconômico e humano e a consequente incorporação às políticas públicas no país.
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